Um canto real
secara com a
esperança de
novos ares
Uma língua amarga
sobrara pedindo
lufadas de temperança
meu novo corpo
se molda a partir
do que deixaram
das estrelas
uma reunião de
propósitos vãos
explicara a dor
de vizinhos
Um gesto animal
se é que falam
apontara
o norte possível
siamês do mundo
luto por nós
a desenhar
irmanidades
Mães repetem rezas,
não para ficarem.
Sim pra' revolver
entulho gigante
de palavras secas.
Os ritos zunem
passados, pessoas.
Com força definem
e evocam o lastro,
São palavras-grifo.
Seus sortilégios
nascem da vontade
sutil de ferir
o impulso da vida.
Resgatar-nos dela.
Mova e embaralhe
seu inocente dito,
mãe das palavras
sob a terra, guias.
Tente nosso pathos.
Contra elas anseios
e demandas novos
floresceremos.
Suas reiterações,
mãe, terão efeito.
A nós, explosões,
ecos de sua voz-
escombro alcançam.
E a nossos olhos
talismãs serão.