Mães repetem rezas,
não para ficarem.
Sim pra' revolver
entulho gigante
de palavras secas.
Os ritos zunem
passados, pessoas.
Com força definem
e evocam o lastro,
São palavras-grifo.
Seus sortilégios
nascem da vontade
sutil de ferir
o impulso da vida.
Resgatar-nos dela.
Mova e embaralhe
seu inocente dito,
mãe das palavras
sob a terra, guias.
Tente nosso pathos.
Contra elas anseios
e demandas novos
floresceremos.
Suas reiterações,
mãe, terão efeito.
A nós, explosões,
ecos de sua voz-
escombro alcançam.
E a nossos olhos
talismãs serão.
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